A pós-graduação é atualmente um aditivo básico para todas as pessoas que concluíram a faculdade e contribui bastante para o sucesso de quem já possui mais tempo de estrada. Ela confere uma profundidade maior ao processo formativo do profissional, direcionando tomadas de decisão, abrindo novas portas, aperfeiçoando competências e ampliando oportunidades nos mais diversos formatos de carreira.
A pós-graduação está no seu radar? Então esse conteúdo é para você mesmo!
Tivemos um super bate-papo com o professor Miguel Alonso, diretor da pós PUC Minas, a respeito de como a pós-graduação pode potencializar e transformar carreiras, os diferenciais da PUC Minas e muito mais. Vale a pena conferir a entrevista.
1. Como a pós-graduação contribui para a construção da carreira?
Há um bom tempo, as diretrizes curriculares que orientam a organização dos currículos de graduação, de maneira geral, têm pontuado para a organização de currículos generalistas. Dessa forma, o aluno, ao trafegar pela graduação, tem acesso a um conjunto de informações muito amplo, mas que é pouco profundo nas diversas áreas e possibilidades, se considerarmos a enormidade de alternativas que nós temos nas mais diversas áreas.
Portanto, podemos dizer que a educação continuada, que antes era um diferencial na formação do indivíduo, hoje é um aditivo necessário ao processo de formação. Então, de maneira geral, em muitas das nossas áreas, um elemento básico nos currículos é a presença, é o fato de um indivíduo ter cursado uma ou mais pós-graduações, porque é exatamente o que vai permitir esse indivíduo ter se aprofundado, durante o seu processo formativo, em alguns segmentos abordados pela grande área dele, pela graduação. Esse é o primeiro ponto.
O segundo é o seguinte: mesmo para aqueles indivíduos que já atuam dentro de uma especialidade, a produção de ciência e tecnologia nas mais diversas áreas é cada vez mais intensa, de modo que precisamos — para conseguirmos acompanhar o estado da arte nas diversas profissões e especialidades — cursar especializações. Sobretudo no formato Master, que são cursos ajustados para profissionais que já estão inseridos no mercado, que já atuam em uma especialidade.
Então, a proposta da Pós PUC Minas, ao organizar os cursos Master, tanto em Engenharia quanto em Business, tem como foco o atendimento a esses profissionais que já têm uma experiência larga, muitas vezes lá naquela área, mas que têm como objetivo consolidar, avançar, aprofundar em novos conceitos, conteúdos daquela área, certo? Esses são os dois pontos.
2. Na sua visão, para quem é cada um dos modelos de ensino (EAD, híbrido, online e presencial)?
É importante voltarmos um pouco na história. O Instituto de Educação Continuada da PUC Minas era totalmente presencial cinco anos atrás. E o que aconteceu depois da pandemia? Quando nós tivemos, por força da situação, que ofertar cursos síncronos, houve um reconhecimento por parte desse público — que antes preferia o modelo presencial —, levando-o a entender a possibilidade e a vantagem enorme do modelo síncrono, em que há interação, mas de forma digital.
Ele conquistou esse espaço e o público que antes buscava o presencial é o que tem predileção pelo síncrono.
O modelo presencial hoje está reduzido a um número muito pequeno de ofertas, que são aqueles projetos diários que precisam de uma atividade prática muito intensa. Por exemplo, as Ciências da Saúde, Microbiologia, Patologia Clínica. O estudante tem que estar no laboratório. A habilidade técnica manual é necessária, muitas vezes. O curso síncrono é um derivado do antigo presencial. É uma inovação, um ajuste do que antes era exclusivamente presencial.
O público que busca o EAD é aquele que normalmente não tem tempo ou não quer assumir o compromisso de ter uma agenda obrigatória com horários definidos a serem cumpridos.
Os cursos semipresenciais que começam a ganhar espaço na pós-graduação da PUC Minas partem para um novo modelo, em que há a possibilidade de mesclar a carga horária de conteúdo síncrono ou assíncrono à necessidade de atividades práticas, objetivas e presenciais.
3. Qual o melhor momento para se fazer uma pós-graduação?
Entendo que hoje a pós-graduação é um passo necessário a todos os egressos dos cursos de graduação. E, em função disso, a demanda de recém-formados pelos cursos de pós-graduação da PUC tem crescido nos últimos anos. Esse é um ponto. E o outro é o seguinte: nós temos indivíduos que têm feito quatro, cinco, seis pós-graduações na PUC Minas. O que isso sugere? Que esses indivíduos estão retornando à academia para atualização, para se manterem ativos, alinhados com a tecnologia, com a produção de ciência, com saberes que têm sido produzidos na sociedade dentro daquela determinada área.
Ou seja, acredito que a pós-graduação tende a ser necessária na pós-formatura imediata, para que o indivíduo comece a aprofundar, para trabalhar, para estudar um tema que mais o estimulou, mais o desafiou durante o processo de formação na graduação. Depois ele vai ter uma continuidade, ele vai retornar à academia para o seu processo de atualização. E muitas vezes ainda tem profissionais que retornam para tentar uma fundamentação teórica e prática, até mesmo para mudar a sua trajetória profissional.
4. Para profissionais que já têm mais tempo de mercado, de 10 a 15 anos de carreira, a Especialização ou o Master são boas opções ou seria mais indicado um mestrado?
Em algumas áreas, os cursos lato sensu são válidos, sim, porque são setores que têm um dinamismo muito grande — por exemplo, a TI, a Engenharia e as Ciências da Saúde. O volume de produção de conteúdo científico em algumas áreas é enorme. Mesmo você estando no mercado, atuando numa área normalmente delimitada, o mundo está se transformando, não para. Então, quando você para e vê o que está sendo feito, o estado da arte daquela área de concentração na qual você se insere, isso abre uma série de novas portas e possibilidades.
A diferença entre o mestrado e doutorado e a pós-graduação é que, na pós-graduação, os projetos são mais aplicados no curto e no médio prazo. Ao passo que mestrado e doutorado são muito mais um modelo estruturado para a formação de pesquisador.
O pesquisador é aquele indivíduo que vai produzir ciência e tecnologia em áreas muito específicas, em recortes muito focados com profundidade enorme, mas muitas vezes não é uma ciência aplicável. Com a pandemia, isso ficou muito claro, por exemplo. Vi os profissionais da Imunologia da UFMG, que estavam ao lado do meu laboratório (eu sou da Fisiologia) trabalharem durante anos desenvolvendo vacinas e buscando antígenos, estudando antígenos de superfície, vírus e bactérias etc. Na pandemia, onde estava a inteligência para abordar esse assunto? Estava ali dentro, nos mestrados e nos doutorados. Aí, sim, eles materializaram aquilo e trouxeram pra trabalho. Já a especialização é uma aplicação concreta de saberes num espaço de tempo curto e médio. São dois mundos. Esse profissional pode optar por A ou B, levando em conta que são caminhos distintos.
5. A pós-graduação é uma boa escolha para quem está em transição de carreira? Como avaliar se é mais interessante uma pós ou uma nova graduação?
Em algumas áreas e em algumas profissões o profissional precisa de um credenciamento na área a partir da conclusão de uma graduação. É o caso da Medicina, por exemplo. Logo, um ponto de partida é o aspecto legal, os aspectos regulatórios da profissão em questão.
Por outro lado, nós temos várias profissões que ficam muito na interface uma da outra. É o caso da Engenharia, da Tecnologia da Informação, determinadas licenciaturas nas áreas de exatas, como Matemática e Física, enfim, áreas entre as quais os profissionais transitam com uma facilidade muito grande. Temos, por exemplo, um indivíduo que tem graduação em Matemática e atua em TI ou um indivíduo graduado em Engenharia atuando no mercado financeiro.
Então, quando a interface entre as áreas do saber é de tal forma lábil, isso permite ao indivíduo não ter que fazer o curso de graduação, mas fazer uma migração de carreira a partir da pós-graduação.
6. Por que escolher a pós PUC Minas?
Primeiramente, a tradição, que, querendo ou não, tem um peso. Essa tradição é sustentada pela seriedade, pela qualidade, por uma política de investimento em produção de ciência e tecnologia. É o que faz com que ela tenha vários programas de mestrado e doutorado, de onde, muitas vezes, eclodem muitos projetos de cursos de pós-graduação, a partir dos nossos pesquisadores nas mais diversas áreas.
Ao lado disso, ao longo da trajetória de 30 anos, a Pós PUC Minas vem desenvolvendo cursos em múltiplas áreas. E conta com um espectro de oferta muito largo. Atualmente, nós ofertamos em torno de 400 cursos a cada semestre, o que nos diferencia na perspectiva de oferta de hiperespecialidades dentro de cada campo do saber. Por exemplo, na Engenharia, nós temos a Engenharia Geotécnica, a Engenharia de Barragens, Gestão de Riscos Ambientais e por aí vai.
A nossa capacidade de organizar professores e coordenadores titulados e experientes nas mais diversas áreas é muito grande e foi conquistada ao longo dessas três décadas de história. Isso permite uma taxa de renovação de projetos pedagógicos muito intensa, colocando-nos sempre à frente das tendências.
7. Quais as principais dicas para quem está de olho em uma pós-graduação?
O primeiro passo é parte do interesse desenvolvido pelo acadêmico enquanto aluno de graduação. O segundo é conhecer bem o curso. Temos organizado um contato possível através da própria página da PUC Minas entre estudantes e coordenadores de cada curso, para que se tenha maior entendimento das suas propostas.
Além disso, é importante procurar uma universidade para a escolha dos cursos de pós-graduação. E por que universidade? Porque as universidades têm uma estrutura de produção de ciência muito mais consolidada e cuidadosamente organizada para essa finalidade. Em seguida, deve-se fazer uma avaliação global dessa universidade na perspectiva do MEC.
A partir dessa avaliação, o estudante consegue objetivamente pontuar o desempenho das universidades e dos diversos cursos dela. Isso é um indício de que os professores e os projetos estão cuidadosamente articulados, bem pensados, bem conduzidos e, com certeza, isso vai, de alguma forma, impactar o processo, a qualidade daquele curso de pós-graduação que está sendo ali objetivado.
Como você pode ver, a pós-graduação é um avanço necessário à formação humana e à construção de uma carreira sólida e de sucesso. Com tudo o que o professor Miguel Alonso compartilhou, certamente sua tomada de decisão será mais tranquila, não é mesmo?
Está de olho em uma pós? Conheça mais sobre a pós-graduação da PUC Minas. E, para tomar uma decisão segura e estratégica para sua jornada de formação, baixe gratuitamente o Guia Completo: como escolher a pós-graduação ideal.