Depoimentos

O Marketing de Influência já não é nenhuma grande novidade. Enquanto o número de influenciadores digitais no Brasil não para de crescer, essa prática segue levando pessoas e empresas a buscarem as redes sociais como forma de construir uma carreira e fazê-la deslanchar.

É muito importante saber, porém, que ser um influencer não consiste apenas em criar um perfil e sair postando conteúdo, ok?

O Marketing de Influência e a produção de conteúdo para redes sociais requerem esforço, dedicação e domínio sobre várias técnicas específicas. 

Para quem está pensando em usar a relevância das redes sociais para criar conteúdo e influenciar pessoas de verdade, nós temos aqui as melhores dicas. Conversamos com a influenciadora Rafaela Gorgulho, publicitária e ex-aluna da PUC Minas, que soma mais de 38 mil seguidores apenas no Instagram. Confira a experiência e as dicas de uma influenciadora de verdade.

Como foi a experiência de estudar na PUC?

Muito boa! O curso de Publicidade e Propaganda tinha uma grade muito voltada para a prática e vários professores inseridos no mercado, o que nos trazia uma visão do “mundo lá fora” e dava uma ideia do que poderíamos esperar enquanto profissionais da área. 

Como você decidiu explorar o Marketing de Influência? Como foram os primeiros passos nessa área?

Nunca havia passado pela minha cabeça trabalhar com produção de conteúdo dentro da internet. Eu sempre tive o sonho de trabalhar com o marketing dentro da área da moda. Foi por isso que estudei Publicidade e Propaganda, mas muito numa visão corporativa. 

Até que um dia minha mãe me encorajou a começar a usar o meu Instagram pessoal para produzir conteúdos de moda, dar dicas de looks, etc. e eu comprei a ideia. À medida que o tempo foi passando e fui recebendo feedbacks positivos do que eu estava fazendo, passei a encarar as postagens de uma maneira mais profissional e trilhei o meu caminho até aqui. 

A sua formação ajudou na construção da sua carreira atual? De que modo?

Muito! O meu TCC foi sobre Marketing Digital, então, ao longo da minha vivência na faculdade e nos estágios que trabalhei, aprendi muito sobre posicionamento, tom de comunicação, algoritmo das redes sociais, produção de conteúdo como um todo. E, quando constatei que a produção de conteúdo no meu perfil pessoal era, sim, um trabalho que eventualmente seria remunerado, usei todo o meu conhecimento a favor disso.

Quais desafios você enfrentou no início da sua carreira e quais enfrenta atualmente?

O reconhecimento de que o Marketing de Influência é de fato um trabalho. Muitas marcas ou muitas pessoas não envolvidas nesse universo acreditam que a produção de conteúdo seja algo como um hobby. Mas, para ter resultado e construir uma comunidade, exige-se muito esforço e dedicação, e não é para qualquer um.

Diante desses desafios, como você conseguiu enxergar possíveis caminhos para se desenvolver profissionalmente?

Eu me posicionei dentro das redes sociais como uma profissional da área, e não só como uma “blogueira”. A saída foi desenvolver um conteúdo que de fato pudesse ajudar as pessoas que estão ali no perfil, e não apenas entreter ou vender a minha vida pessoal. 

O mercado de influência está bastante em alta. Como você enxerga o momento atual e como estão as oportunidades na área?

Existem diversas possibilidades dentro dessa área. A remuneração pode vir desde parcerias com marcas, produtos por assinatura, como áreas de conteúdos para membros exclusivos, até a venda e a criação de produtos próprios do influenciador. 

Então é importante que o influenciador tenha consistência, paciência e crie uma comunidade engajada e fiel. Sendo assim, há possibilidade de crescimento em qualquer caminho que ele queira tomar. 

Na sua experiência, existe alguma desvantagem ou algum desafio específico causado pelo boom atual do Marketing de Influência?

Sim. Até o momento há resistência por parte das marcas em olhar para pequenos produtores de conteúdo. Muitas empresas ainda focam no número de seguidores e esquecem que o que traz de fato retorno é a fidelidade da comunidade do produtor de conteúdo. 

Então é um enorme desafio conquistar espaço entre os grandes e fazer o algoritmo trabalhar a nosso favor para aumentar o número de seguidores. 

Como é ser uma profissional autônoma? Que tipo de habilidade você precisa ter para trabalhar assim?

É preciso ter muita disciplina e organização, porque o ganho financeiro depende totalmente do seu empenho e trabalho para conquistar parcerias e entregar um resultado eficaz, para que cada vez mais marcas possam confiar o produto ao perfil. 

E, claro, organização e controle para deixar o fluxo de caixa bem alinhado com as necessidades de produção de conteúdo, o que pode virar um “salário” e o que pode ser reinvestido no perfil – melhor câmera, material de gravação e edição, etc.

Quais habilidades você considera essenciais para conseguir seguir nesse meio?

Comunicação clara, porque a interpretação errada da mensagem pode gerar vários atritos com a comunidade e acabar prejudicando o crescimento e o relacionamento do influenciador com a sua base. 

Outro enfoque seria a habilidade em ouvir e aceitar as sugestões de quem está acompanhando diariamente o que o creator tem para falar. Isso ajuda muito na criação de conteúdos pertinentes e que de fato têm alguma relevância para quem está ali.

Que dicas você pode deixar para alguém que quer seguir uma carreira como a sua?

Paciência, organização e persistência. Pensando de modo genérico, estamos trabalhando gratuitamente para uma rede social que não nos possibilita o controle do número de entrega dos conteúdos. Isso pode ser muito frustrante em diversos momentos. 

Mas ter paciência e continuar construindo um conteúdo relevante enquanto se relaciona e fideliza a comunidade é algo que permite a criação de uma base sólida e engajada, que vai acompanhar o influenciador em qualquer que seja o caminho. Depois de conhecer a trajetória profissional e as dicas da Rafaela, que tal acompanhar o trabalho dela? Siga a Rafaela no Instagram e se inspire com o trabalho dessa influencer.

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