A PUC Minas é amplamente reconhecida por seu comprometimento com a inovação e pela excelência da formação de seus estudantes na área da Tecnologia — que cresce a cada dia e que traz novas necessidades e novos segmentos a serem explorados.
Diante disso, a Universidade expandiu seu leque de cursos de pós-graduação em Tecnologias Digitais, com múltiplas abordagens e recortes direcionados a cada campo específico desta grande área.
Pode se tornar um desafio entender qual desses cursos é exatamente o que o profissional precisa para avançar em sua carreira, não é mesmo? O Núcleo de Tecnologias Digitais criou uma ferramenta que compara todas as características dos cursos da área e te ajuda a identificar qual a opção mais estratégica para você. Bacana demais, não é?
Um dos criadores dessa plataforma, o professor Rommel Carneiro, nos concedeu uma entrevista onde conta como foi a criação da ferramenta, como são os cursos da Pós PUC Minas, o que vem aí para a educação e para o mercado e mais dicas importantes para você, profissional da Tecnologia.
Professor Rommel é coordenador do Núcleo de Tecnologias Digitais da Pós PUC Minas, professor de cursos de graduação no ICEI PUC Minas e mentor do PUCTec. Confira a entrevista e aprenda com quem sabe.
1. Como surgiu a ideia de criar a plataforma que compara os cursos de pós-graduação em Tecnologias Digitais da PUC Minas? E como tem sido o retorno dos alunos?
Nós percebemos que existe um gap entre as informações que a gente provê e o que os alunos efetivamente conseguem extrair delas. Muitas vezes as pessoas não conseguem entender com clareza as diferenças entre as áreas e os cursos de Tecnologia da Informação. A ideia do site de comparação surgiu exatamente dessa necessidade, que é frequente, das pessoas de entender as diferenças entre os vários cursos: o que seria abordado, qual o público-alvo e se a proposta se encaixaria no perfil daquela pessoa específica.
Quando mostramos esse site, tanto na aula inaugural quanto nas palestras, e fazemos a comparação, percebemos que vários alunos começam a utilizá-lo e trazem perguntas ali na hora mesmo. É perceptível que aquilo chama a atenção deles e gera uma fonte para eles tirarem essas dúvidas, que inclusive muitas vezes alguns até nem conseguem trazer para os professores.
2. Quais são as principais tendências em educação digital que você acredita que moldarão o futuro dos cursos de pós-graduação?
Há uma discussão crescente sobre a aplicação de metodologias ativas na educação com abordagem baseada em problemas e projetos. O ambiente digital leva isso para outro nível, simplificando a conexão com empresas e permitindo o uso de ferramentas de inteligência artificial no apoio ao aluno. Vejo que há uma mudança grande na qual o papel do professor mudou, deixando de atuar como transmissor de conhecimento para se tornar um articulador de ideias no processo de ensino e aprendizagem. O conteúdo está disponível em várias plataformas espalhadas na Internet e o professor deve trabalhar os fundamentos aplicados em cenários práticos para a formação de competências nos alunos.
Na pós-graduação, o maior interesse do aluno está em aprender como aplicar no seu ambiente de trabalho o que é discutido em aula. O processo de ensino e aprendizagem tem que agregar a aplicação prática para além das discussões sobre conceitos e fundamentos. Por exemplo, na área de desenvolvimento de software, incluímos projetos em que o aluno aprende criando soluções que resolvem problemas reais, muito como se faz no processo de extensão da Universidade.
É como se extensão e ensino estivessem cada vez mais próximos. A pessoa vai trabalhar resolvendo um problema associado a alguma situação ou contexto real e com isso ela vai aprender. Portanto, entendo que a pós-graduação vai se aproximar e se aprofundar cada vez mais nesse tipo de abordagem.
E, quando se fala em educação baseada em problemas, educação baseada em projetos, formação de competências e metodologias ativas, coloca-se o aluno como protagonista do processo. Ele não é mais um passivo num processo em que o professor é o protagonista — ao contrário, ele é o protagonista. E, se ele é o protagonista, ele tem que ter iniciativa, gerenciar sentimentos, gerenciar pessoas, relacionar-se com pessoas, responsabilizar-se por prazos… Então, fatalmente, de maneira muito intrínseca, nós lidamos com essa formação, ou seja, ele está o tempo inteiro se relacionando com pessoas, se comprometendo com a entrega, com o cliente e ali ele desenvolve essas outras habilidades como parte desse processo.
3. Quais as principais tendências de mercado no campo da TI?
Com essa quantidade de dados atual, temos uma necessidade crescente para a integração dos dados coletados em diversas plataformas, o processamento para cenários distintos e a criação de soluções que facilitem a análise e o processo de tomada de decisão. Dentro disso vem as ferramentas de inteligência artificial, por exemplo. A IA processa dados e hoje se consegue fazer até mais com ela, mesmo em contextos onde ainda nem há dados estruturados. Então, processar os dados que se tem, analisá-los e aplicar essas ferramentas dentro dos diversos contextos — vejo que isso só tende a aumentar. Isso é muito evidente.
Outra frente é se organizar para implementar as chamadas “transformações digitais”. As pessoas estão precisando incorporar mais tecnologia para suas vidas. E aí nós podemos falar de desenvolvimento de software, pensar soluções e modelos de negócios. Tudo isso que gira em torno do termo “transformações digitais” está em evidência e acredito que ainda vai crescer muito — Apesar de já ser algo, para muitas empresas, de certa forma até antigo.
Porque há uns 5 a 10 anos as pessoas têm falado a respeito de transformações digitais. Isso vai ficar ainda mais intenso com o surgimento dos novos mecanismos de inteligência artificial. Situações como deixar de fazer uma pesquisa no Google e fazer no ChatGPT já demonstra essa mudança. A ferramenta do Google é, digamos, tradicional, na qual o usuário vai recebendo as informações e ele mesmo é quem analisa, processa e tira o resultado. No ChatGPT, há uma interação e a própria ferramenta apresenta uma solução. Perceba o nível de transformação que nós vamos ter nas aplicações, nos sistemas e na interlocução das pessoas com as empresas e com os sistemas.
O que vamos perceber é uma cadeia de mudanças em todos esses sistemas para que eles atendam a essa nova maneira das pessoas interagirem com a tecnologia. Isso vai gerar uma demanda absurda por profissionais que desenvolvem sistemas, que gerenciam bancos de dados, que gerenciam equipes de desenvolvimento de software. Para muitas empresas, o caminho da transformação digital ainda vai longe.
4. Como os cursos oferecidos pelo ICEI têm se adaptado às novas demandas do mercado, especialmente em áreas como dados, UX e produtos digitais?
Fizemos um trabalho de revisar todos os projetos pedagógicos e oferecer alternativas de cursos dentro do ICEI ainda mais próximas da realidade de mercado. Por exemplo, na área de dados, temos um curso para cada perfil dentro desse contexto. Temos Engenharia de Dados, Arquitetura de Dados, Ciência de Dados, dois cursos de Análise de Dados, Estatística e Inteligência Artificial. Estamos mapeando sete perfis. De fato estamos olhando para cada atuação com um projeto pedagógico específico.
Em termos de plataforma de ensino, contamos com ótimas opções, como o Canvas e o Teams e, em relação a ambientes de experimentação, estamos testando e pesquisando tecnologias, propostas e ambientes digitais para melhorar ainda mais a experiência dos alunos.
5. O que diferencia a experiência de estudar em curso de pós-graduação na área de Tecnologias Digitais da PUC Minas em relação a outras instituições?
A PUC Minas se preocupa muito com a qualidade daquilo que ela oferta. E esse é para nós o maior diferencial. Para além da qualidade inerente aos cursos, criamos propostas para cada carreira. É muito comum os estudantes, ao conhecerem o programa do curso, afirmarem que a abordagem foi pensada exatamente para eles. Nós temos um curso para cada tipo de profissional. É um programa bem recortado e direcionado a cada carreira ou área de interesse, com base na experimentação e na formação das competências — tudo muito dentro do que o aluno precisa.
E a PUC Minas oferece um conjunto de benefícios muito amplo. Por exemplo, hoje o aluno tem acesso gratuito a uma plataforma de conteúdo que conta com mais de 45 mil livros só da área de Tecnologia e que custa U$500,00 por ano se contratada a parte pelo aluno. Nossa plataforma de ensino é o Canvas, que também é usada no MIT, em Harvard e pela Amazon nos cursos livres. E temos um universo bacana de recursos para o aluno nesse processo de aprendizado.
Então são duas coisas: a qualidade dos currículos muito próximos da atuação profissional; e esse conjunto de recursos ao qual o aluno tem acesso em termos de conteúdo, para complementar o que ele vê na sala de aula com o professor.
6. Para quem está em dúvida sobre qual curso seguir dentro da área de Tecnologia, quais critérios você recomenda considerar na escolha?
Em primeira instância, é exatamente uma análise crítica do currículo, da estrutura do curso no qual ele está entrando e o quanto de prática existe dentro daquela formação. Porque muitos cursos não oferecem experiência prática — oferecem apenas conteúdo, com disciplinas soltas, projetos pedagógicos que misturam muitos assuntos de forma rasa. Então isso, para mim, é uma das principais questões.
Dentro da área de Tecnologia eu poderia citar poucas instituições no Brasil que oferecem o nível de profundidade e de cuidado na montagem do currículo que a PUC Minas oferece, além da nossa multiplicidade de cursos. Temos quase 40 ofertas voltadas exclusivamente para a área de Tecnologias Digitais.
Na PUC Minas, temos um nível alto de cuidado com aluno, com o ensino e um envolvimento que faz toda a diferença. É uma rede de relacionamento que se cria.
7. Como a educação humanística da PUC Minas dialoga com a tecnologia e como isso pode ser um diferencial?
possível perceber uma mudança muito grande hoje. A gente consegue usar a tecnologia para melhorar muito a experiência do usuário. E, ao pensar nesse usuário como pessoa, como ser humano, conseguimos usar a tecnologia de uma maneira muito positiva para se aproximar desse aluno, para oferecer um ambiente mais acolhedor para ele. É tudo uma questão de como se aplica a tecnologia dentro do processo. E conseguimos oferecer muitos canais para os alunos se aproximarem e se conectarem com a gente.
Portanto, a tecnologia nos permite fazer muitas iniciativas e a PUC Minas já tem na essência o humanismo. O cuidado que temos com o que é entregue e na interação com o aluno já traz esse humanismo em tudo o que é feito. Acredito que a tecnologia tem o poder de potencializar isso, de nos dar escala para conseguirmos fazer com que isso chegue a esses alunos e que promova uma experiência diferenciada — uma experiência que só a PUC Minas de fato oferece, com o olhar humanístico que ela tem.
Acesse a plataforma e compare as grades, as abordagens e o formato dos cursos de pós-graduação em Tecnologias Digitais da PUC Minas e tome sua decisão com informação e segurança. E acompanhe o trabalho do professor Rommel Carneiro.