Carreira, Dicas

O intercâmbio é uma experiência transformadora tanto para a formação profissional quanto para o seu desenvolvimento como pessoa humana. Além dos diversos conhecimentos adquiridos, há as soft skills, cada vez mais procuradas pelos empregadores. De olho nisso, a PUC Minas oferece a seus alunos a oportunidade de vivência internacional, nas melhores universidades do mundo, que são parceiras. Por meio da ARI (Assessoria de Relações Internacionais), a instituição realiza os programas de intercâmbio, com vantagens incríveis para quem deseja ter contato com o mercado lá fora e até mesmo construir uma carreira internacional

A fim de que você entenda a fundo como o intercâmbio contribui para o desenvolvimento profissional, convidamos para uma entrevista a professora Rita Louback, coordenadora da ARI e que sabe tudo sobre intercâmbio e como funciona o programa da PUC Minas. Ela vai tirar dúvidas e contar como ter acesso a esse benefício. Separe alguns minutos para ler esta entrevista, pois vai valer muito a pena. Confira! 

Como o intercâmbio pode contribuir para a construção de uma carreira?

A partir do advento da globalização, os profissionais passaram a ter mais oportunidades, porque de fato ela cria oportunidades, mas em compensação gera também desafios. Aquele jovem que, historicamente vinha sendo formado para atuar em âmbito nacional, pode ser chamado a atuar numa empresa que tem uma matriz global; ou, ainda que não seja uma empresa multinacional, em algum momento qualquer empresa brasileira vai precisar se expor à compra de um produto, um serviço, ou mesmo a competição com a empresa internacional. Então, o intercâmbio faz com que o aluno – para além de ter uma vivência acadêmica em outra universidade lá fora – se exponha à diversidade de pessoas, de situações e de culturas que a globalização proporcionou.  Então, ele adquire um traquejo para, digamos, circular por esse mundo globalizado, que de outra maneira ele não teria com a mesma facilidade. Eu não conheço nenhum aluno que fez intercâmbio que dissesse:  “Não serviu para mim para nada”. Ao sair da sua zona de conforto, morar em outro lugar, se expor, como eu disse, a diferentes culturas e pessoas, você aprende outros códigos de conduta e inclusive profissional, que serão muito úteis para sua formação acadêmica e pessoal e agregam sim valor a sua formação profissional. 

A vivência em outros países é interessante para todas as áreas ou apenas para algumas?

Todas as áreas se beneficiam, porque nessa experiência o estudante aprende não apenas a ver aquilo que é bom ou ruim nos lugares. Ele também passa a identificar da mesma maneira em seu local de origem e a empenhar esforços pessoais e profissionais para alterar essa realidade. Você ganha bastante indo para o  exterior. E não precisa ser um local específico, já que qualquer vivência num contexto cultural, econômico, político, que não seja o seu, traz muito enriquecimento. É uma coisa que a gente precisa também desmistificar: assim como não há apenas uma área do conhecimento humano que seja favorecida pelo intercâmbio, países que não estão às vezes no radar do aluno (todo mundo costuma querer ir para os mesmos locais) e que nunca fizeram parte do desejo do nosso estudante acabam sendo experiências fantásticas. Assim, todas as áreas do conhecimento são contempladas, e todos os países podem trazer benefícios.

Como escolher um destino para fazer intercâmbio?

Bom, a primeira coisa que o aluno tem que pensar, se for para um local onde se fala um idioma que não é o dele (o que é a situação de 99,9% dos casos, com exceção de Portugal e de algum país africano que fale nosso idioma) é que ele, como aluno brasileiro, vai ter de dominar a língua do país no mínimo intermediariamente. Este é um requisito: você precisa ter competência na escrita, na compreensão oral, na fala. No Brasil, tradicionalmente quando alguém fala outro idioma, é inglês, mas nós temos na PUC oportunidades em vários locais e aí aqueles países que fogem a esses idiomas mais hegemônicos, por assim dizer, que predominam, então, suponhamos: nosso aluno pode querer ir para a Polônia, para a Hungria, para a Coreia do Sul, óbvio que ele não vai ser demandado a falar esses idiomas. São idiomas que nem sempre estão disponíveis para você aprender até no próprio país. Mas alguns países como França, Espanha, Alemanha, eles, ainda que ofereçam vários conteúdos em inglês, que é a língua de troca no mundo, costumam exigir que os alunos dominem o idioma local.

Dessa forma, ao  aluno que quer ir ao exterior eu aconselho: assim que ele chegar na universidade, e ainda não fala nenhum idioma, ele tem de pensar em qual país gostaria de fazer intercâmbio e  tratar de aprender. 

Como o aluno pode participar do programa de intercâmbio da PUC Minas? 

O nosso processo seletivo é anual, o  que significa que o estudante pode, ao longo do ano inteiro, fazer inscrição no site da assessoria. Mas, por volta de setembro,  outubro, ele começa a ter que juntar uma documentação que é exigida pelo parceiro lá fora. O processo é feito em quatro editais, para quatro idiomas: o português, o inglês, o francês e o espanhol. Então, o aluno tem de entrar no site olhar lá o edital, ver quais são os requisitos e se preparar com base naquilo que é exigência dos nossos parceiros lá fora. Geralmente, é estabelecido que ele tenha uma média igual ou superior a 70%, estar entre o segundo ou terceiro períodos e até o sexto ou sétimo, dependendo se o curso é de quatro anos ou cinco anos. Isso tudo está explicado nos editais. E aí, uma vez ele tendo cumprido todos esses requisitos e passando por uma etapa posterior, ele vai para uma banca. Os alunos podem escolher até três países; por exemplo, em primeiro lugar, ele queria muito ir para a China, mas, se não der para ir para China, quer ir para  Portugal ou algum na América do Sul. Então, o aluno tem uma gama imensa de possibilidades.

Enquanto o aluno está fora, como fica seu curso aqui na universidade?

Ele fica com status de aluno em intercâmbio, continua vinculado à PUC, ou seja, ele está com seu vínculo ativo com a universidade. Mas ele não paga nem matrícula nem mensalidade durante o período inteiro que ele está lá fora e fica isento de qualquer taxa escolar da PUC e normalmente de todas as taxas lá fora, ou seja, a PUC Minas proporciona ao aluno essa isenção.

Quando o aluno volta do exterior, aquilo que ele cursou é submetido ao seu departamento, ao seu curso, e os conteúdos que forem aproveitáveis entram como uma forma de validar conteúdos que o aluno veria aqui no Brasil também. Cabe inclusive uma negociação prévia do aluno e da coordenação. Assim que ele se matricular nas disciplinas lá fora, depois de aceito pela universidade de lá, ele já pode escolher as disciplinas e discutir com seu coordenador o que vai ser validado quando ele voltar. Mas, de qualquer maneira, nunca se perde tempo indo para o exterior, certo? Na verdade, você está enriquecendo a sua formação. 

Quais as vantagens o estudante tem ao optar pelo programa da PUC Minas, em vez de buscar em agências de intercâmbio?

Bom, primeiro porque a PUC Minas oferece aos alunos uma série de isenções, isto é, ele não paga a mensalidade enquanto estiver viajando e não tem despesas com as instituições parceiras. O que fica por conta dele é o custo de vida lá fora, com alimentação e hospedagem, por exemplo. 

Segundo, porque a PUC está relacionada às melhores universidades do mundo. Nós temos como parceiros universidades de extrema reputação. Existem alguns eventos no calendário internacional e que são feitos grandes encontros que reúne cinco mil, oito mil universidades, dois deles enormes – NAFSA (Associação de Educadores Internacionais), nos Estados Unidos, e EAIE (Associação Europeia de Educação Internacional), na Europa. E a PUC sempre me envia a esses países para eu poder encontrar com os meus iguais e negociar. Ninguém ganha com isso nenhum valor monetário, visto que é uma maneira de internacionalizar nossas universidades, nossos currículos, não há um objetivo de lucro nisso. Essa gratuidade o estudante não teria se ele procurasse uma agência. 

Não estou querendo dizer com isso que não deva procurar uma agência se o aluno pode pagar, se não quer participar do processo seletivo, em que pode ser aprovado ou não, e quer ir lá pra fora, ok! Inclusive, nós divulgamos algumas dessas oportunidades como forma de prestação de serviço. O que a gente faz para o nosso aluno, porém, é colocá-lo nas melhores universidades do exterior, mediante uma negociação que significa gratuidade. Então, essa vantagem nenhuma agência de intercâmbio vai ter como repassar  aos estudantes. 

E para quem deseja ter uma carreira internacional, quais conselhos você pode dar?

Quem deseja uma carreira internacional, a primeira coisa é sonhar com ela. E o primeiro passo para qualquer lugar é pensar aonde quer ir. E pode até parecer para aquele aluno de mais baixa renda que é impossível, mas não é. Nós temos inúmeros casos de alunos de baixa renda que foram para o exterior. É lógico que isso demanda um planejamento. Tem lugares em que o custo de vida é mais alto, outros em que o custo de vida é menor, e sobre isso tudo a gente orienta o aluno. Por exemplo, se você quer ir para a Inglaterra, onde o custo de vida é alto, você não vai pagar a universidade, mas vai pagar para morar, vai pagar para comer; então, que tal ir, por exemplo, para a Hungria? Existem excelentes instituições de ensino no mundo inteiro, assim como a PUC, aqui no Brasil. 

Então, o raciocínio do aluno é este: aonde minhas pernas conseguem me ver levar? Todavia a primeira coisa é sonhar e planejar. E, até nessa etapa, a nossa assessoria está disponível para explicar tudo isso. Temos muito a oferecer aos nossos alunos. Sigam a ARI nas redes sociais, no site e vocês verão todas as oportunidades que os parceiros lá fora mandam. E se preparem para colocar a perna no mundo. Contem com o nosso apoio.

E aí, você não vai perder essa oportunidade, não é mesmo? Para entender mais o Programa de Intercâmbio da PUC Minas, faça o download do e-book “Intercâmbio na PUC Minas: saiba como ganhar o mundo” e fique de olho nas novidades da Assessoria de Relações Internacionais da PUC Minas.

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