Conciliar os estudos com todas as outras atividades e compromissos da vida adulta é sim um desafio. Uma boa estratégia para dar conta de tudo e, claro, descansar sem preocupação, é otimizar seu tempo, fazendo as tarefas de forma mais organizada e efetiva. Para isso, há algumas ferramentas que podem ajudar. Hoje, vamos mostrar a você uma delas: o mapa mental.
Além de entender o que é mapa mental, você verá como ele tem tudo a ver com os estudos e como pode fazer a diferença em seu dia a dia e em seu aprendizado. Tudo isso você confere a seguir.
Entenda o que é mapa mental e como funciona
De maneira bem simples, trata-se de uma técnica de aprendizagem, que materializa informações em um diagrama. Tudo parte de uma ideia central e, por meio de associações, criam-se os braços do tema principal. Como se fosse uma árvore, sendo o tronco o assunto central, e os galhos e as folhas, as informações que derivam dele. O mapa mental é conhecido também como “ferramenta de gestão de informações”.
E como funciona?
O mapa mental não foi descoberto “por acaso”. Ele é resultado de diversos estudos e testes realizados pelo psicólogo da área da Educação Tony Buzan, lá na década de 1970. Ele se utilizou de técnicas capazes de ampliar as competências e as habilidades cognitivas de associação, raciocínio, criatividade, memória e decodificação de informações.
Assim, com esse processo de conexão entre o assunto principal e suas derivações, nosso cérebro realiza mais sinapses e aprende de forma mais fácil e rápida.
Veja as vantagens de fazer um mapa mental para estudar
O mapa mental pode lhe ajudar em diversas demandas, como na elaboração de projetos, e, em razão de suas características, para estudar e absorver o conteúdo, ele é incrível. A fim de lhe convencer, selecionamos algumas vantagens, veja só:
- Facilidade de dividir o conteúdo em categorias – você terá apoio gráfico/visual que favorece a criação de uma linha de raciocínio que simplifica a categorização dos assuntos e das informações de destaque.
- Facilidade de entender o conteúdo como um todo – assim como você terá mais tranquilidade para “quebrar” o conteúdo em parte, passará a ter também para enxergá-lo holisticamente, como um mapa mesmo.
- Maior capacidade de memorização da matéria – com os mapas mentais, você utiliza vários canais comunicativos e, assim, aciona partes diversas do cérebro, criando associações com cores, desenhos, figuras e informações. Tudo isso estimula a absorção do conteúdo estudado.
- Redução do tempo necessário para estudar – como você vai criar um roteiro com as informações-chave e, com base nelas, a sua linha de raciocínio, o processo de absorção do conteúdo fica mais ágil e, dessa forma, você leva menos tempo para passar a matéria toda.
- Construção de uma base de informações – a cada mapa mental criado, haverá um esquema de estudo, do qual constam dados e pontos da matéria que mais fazem sentido para você e que organizam as ideias e o entendimento do conteúdo. É uma base de consulta para sempre que você precisar estudar os temas novamente.
- Estímulo à criatividade: a elaboração do mapa envolve uma boa dose de criatividade. Você vai lidar com palavras, símbolos, cores, papéis ou aplicativos e com isso movimentar a região cerebral da criatividade, que é até muito útil à vida profissional e à habilidade de solução de problemas.
Entenda como montar um mapa mental
Vamos agora ao passo a passo para executar essa técnica. Aproveite para já pensar em como encaixar na sua realidade.
Passo 1
Escolha a plataforma que você usará para desenhar seu diagrama. Pode ser uma lousa, um papel ou um aplicativo (temos sugestões mais adiante). Certifique-se de ter espaço suficiente para todas as ramificações do tema central.
Passo 2
Separe cores, símbolos e figuras que serão referência para cada ideia.
Passo 3
Crie um cabeçalho com dados úteis para a localização das informações posteriormente. Nele devem conter: data, assunto e numeração (caso ele esteja vinculado a outros mapas).
Passo 4
Defina o tema central, ou seja, qual é a raiz do conteúdo e que vai dar origem a todas as ramificações. Escreva-o em um círculo no meio exato da folha ou da tela.
Passo 5
É hora de pensar nos primeiros desdobramentos, que são, na maioria dos casos, subtítulos ou subtemas da ideia principal.
Passo 6
Cada ramificação terá novos braços. Aqui já começa a avançar pelo conteúdo. Insira quantos “galhos” forem necessários até concluir a representação visual do tema estudado. É nesta etapa também que aqueles tantos elementos passarão a ser usados, como parte da categorização do conteúdo.
Passo 7
Revise tudo e edite o que for necessário. Lembre-se de que você pode alterar o mapa mental. Não é uma estrutura cristalizada; afinal, você pode aprender mais, pode obter mais dados e ainda aperfeiçoar o entendimento.
Pegue essas dicas para facilitar na criação do mapa
Montar seu diagrama de informações não é nenhum bicho de sete cabeças, mas pode ficar ainda mais tranquilo com estas ações:
Busque recursos para lhe ajudar na montagem do mapa
A ideia é tornar a hora de estudar mais leve e eficaz; então busque todas as formas de deixar o processo mais fácil. O mapa não pode se tornar um afazer a mais, certo? Utilize canetas, post-its, blocos, lápis de cor, adesivos, aplicativos, tudo o que possa contribuir para a criação.
Use referências que fazem sentido pra você
O mapa mental que você vai fazer é de quem mesmo? Pois é, escolha, portanto, meios e elementos que se conectam com você, que fazem sentido para seu perfil de estudante. Por exemplo, se você é mais fã da tecnologia e prefere trabalhar na tela, use um app. Se gosta mais de tocar, de criar coisas, “se joga” na cartolina e nas canetinhas. O importante é impulsionar seu aprendizado.
Solte a criatividade
Lembra-se de quando você era criança e não havia limites para a imaginação? Reviva essa sensação na hora de fazer os mapas mentais. Pode ter a certeza de que vai ser divertido. Seu cérebro (e o cronograma) agradecem.
Conheça ferramentas que ajudam a criar o mapa mental
Já que estamos falando de agilizar alguns processos, é interessante contar com mais ferramentas além das queridas canetas coloridas e do tradicional bloco de papel. Principalmente se você curte recursos tecnológicos.
Na internet há várias ferramentas liberadas e plataformas que oferecem versões gratuitas dos produtos. Trouxemos três sugestões para você:
Canva
Conhecido por oferecer grande quantidade de imagens e layouts de fácil edição, o Canva conta também com a opção de mapas mentais. Você pode criar o seu em uma tela em branco ou pode personalizar os templates disponíveis na plataforma.
Mindomo
Oferece várias opções de diagramas para o usuário personalizar de acordo com sua necessidade. Embora o Mindomo seja uma ferramenta paga, você pode solicitar uma degustação, que consiste em três mapas gratuitos. O bacana é que, para construir esses três mapas, você conta com a colaboração da plataforma em tempo real.
MindMeister
Esta plataforma disponibiliza templates bem variados, com muitas possibilidades de personalização. É uma ótima opção para quem quer aliar rotina e criatividade. No MindMeister, você pode também criar seu mapa mental do zero e compartilhar com outras pessoas. Ah! Outro recurso disponível é a conversão do mapa em apresentação.
Viu como é superfácil entender o que é mapa mental e torná-lo parte do seu dia a dia? E você pode utilizar a técnica para múltiplas ocasiões e objetivos além das disciplinas da faculdade. Basicamente, em tudo que envolve organizar e absorver informações, é possível usar o mapa mental com bastante segurança. Por exemplo, ele é útil para reuniões, apresentações, na hora em que você está assistindo à aula e para entender os processos de trabalho no estágio, dentre outros.
Caso você queira conhecer mais estratégias e ferramentas a fim de usar seu tempo de forma mais produtiva e organizada, baixe o e-book “Dicas e ferramentas para melhorar sua gestão de tempo”, produzido também pela PUC Minas para lhe ajudar na construção da sua carreira.