Dicas

Ao longo da história da humanidade, os costumes, o comportamento e a comunicação entre as pessoas foram influenciados pelas tecnologias da época. Houve o período em que as decisões levavam meses para serem tomadas, pois as informações circulavam por meio de cartas, viagens longas e recursos mais limitados. O tempo passou e consequentemente surgiram novas formas de comunicar e de acessar o conhecimento. Vieram o telefone, o rádio, a TV, os computadores, até chegarmos aos dias de hoje, na realidade do big data. 

As gerações mais recentes foram impactadas por diversas tecnologias, pelo surgimento de novas maneiras de comunicação e pela transição de eras, do analógico para o digital. Mas será que todo mundo está buscando informações do mesmo jeito, nas mesmas fontes? É preciso aprofundarmos mais na análise desses comportamentos; afinal, esses aspectos moldam também as necessidades do mercado, o padrão de consumo, as demandas das empresas e o movimento da economia e da sociedade. 

Então, vem bater esse papo com a gente!

A transformação digital e seus impactos

A chamada transformação digital, Era 4.0, ou até Quarta Revolução Industrial, remodelou o mercado; a cadeia produtiva; o acesso à informação; as relações de trabalho, de consumo e interpessoais. Trouxe possibilidades que talvez não tenham sido imaginadas nem mesmo pelos mais otimistas em décadas atrás. 

Sejam quais forem a idade ou a geração, todos estamos vivenciando esse cenário. E, sim, a geração influencia bastante no modo como as pessoas lidam com essas mudanças, aplicam em seu cotidiano e aproveitam cada uma delas. 

O avanço da tecnologia e a criação de incontáveis recursos trouxeram velocidade, redução de distâncias físicas, ultrapassagem de limites geográficos, praticidade e facilidade para produzir e acessar dados e informações. Se antes, para ler um livro, um jornal, um e-mail, ver fotos, assistir a um programa e fazer uma ligação, era preciso contar com seis equipamentos diferentes, hoje podemos fazer isso e muito mais apenas com um smartphone nas mãos. 

As crianças de hoje em dia não conhecem um disquete. Quem tem mais ou menos 20 anos talvez nunca tenha usado um aparelho de Fax. E quem está no alto de sua maturidade, na faixa dos 80 anos, segue conhecendo novas opções, apesar de ter menos facilidade em aderir a elas. Temos no mesmo cenário as pessoas que já possuem robôs superinteligentes em casa e aqueles que vão à banca de revista para comprar o jornal do dia. Tudo “junto e misturado”. 

Mudanças que a pandemia trouxe no acesso à informação

A transição de eras e o surgimento de outros hábitos de consumo de conteúdo, entre as demais transformações, já vinham acontecendo em certa velocidade, e a pandemia da Covid-19 acelerou alguns processos. A digitalização foi o caminho encontrado para a sobrevivência de múltiplos setores da economia, além da promoção e da manutenção da saúde mental das populações em todo o mundo. 

As redes sociais se tornaram verdadeiros shoppings virtuais, as grandes marcas aperfeiçoaram suas plataformas de vendas e de serviços, o atendimento ao cliente teve de se adaptar, o trabalho adentrou a casa das pessoas, e as reuniões de família e amigos passaram a ser intermediadas pela tela do notebook, do tablet e do celular. 

Para alguns, apenas a consolidação de hábitos já experimentados. Para outros, o estranhamento que toda novidade provoca. Já para o mundo, novos jeitos de viver, que vieram para ficar. 

Curiosidades sobre o consumo de informações de cada geração atual

Diante do que contextualizamos, é hora de ver como cada geração está reagindo a tudo isso. Vamos compartilhar com você alguns dados levantados por pesquisa do Visual Capitalist, considerando os impactos trazidos pela pandemia, no que diz respeito ao consumo de conteúdo. Confira a seguir. 

Geração Z – nascidos entre 1996 e 2009

Esta é a geração que está chegando ao mercado de trabalho e já transformando também a realidade laboral. São os jovens em início da construção de sua carreira, que buscam uma profissão com propósito, flexibilidade e fluidez. Estão altamente conectados e enxergam as relações de trabalho e de consumo de forma bem crítica. 

  • As TVs online e as plataformas de streaming destacaram-se na preferência dos jovens: 38% deles revelaram o aumento do uso dessas mídias. 
  • Em segundo lugar, temos os videogames com 31% e em seguida os streamings de áudio. 
  • Em último lugar, ficaram as mídias impressas, com apenas 9%. 

Geração Y – nascidos entre 1980 e 1995

Geração dos adultos do momento – formada por pessoas que tiveram mais oportunidades de estudo, que vivenciaram intensamente a chegada de novas mídias e novas tecnologias – detém forte poder de influência, busca por consumo consciente e é marcada pelo crescimento do empreendedorismo e o surgimento das startups, em que há grande concentração de profissionais dessa faixa. Tal geração abriu muitas portas para conquistas realizadas pelos mais jovens. 

  • Apresentou aumento em diversas mídias e de forma equilibrada. 
  • Os campeões foram os vídeos online, com 44% de aumento, seguidos pelas TVs online e as plataformas de streaming, com 41%.
  • O menor aumento foi na mídia impressa, com 19%. Notem que bem maior que da geração mais jovem. 

Geração X – nascidos entre 1961 e 1979 

Esta geração teve seu contato com a tecnologia a partir do desenvolvimento da eletrônica e da chegada dos computadores em casa. São mais independentes e, na hora de consumir, focam mais no produto em si do que em aspectos intangíveis, como as causas defendidas pelas marcas. São mais dinâmicos e inconformados que a geração anterior.

  • A turma da geração X é a que mais demonstrou interesse pela TV, que foi a campeã do aumento, com 45%. E o que chama à atenção é que as TVs online também cresceram no ranking e estão em segundo lugar, empatadas com o rádio. Ambos com 38%. 
  • Assim como nos demais grupos, esse teve baixo aumento na mídia impressa, com 7%. 
  • É possível ainda notar o maior acesso desse grupo a recursos digitais, como aos podcasts, com 10%, e aos vídeos online, com 35%. 

Boomers – nascidos entre 1945 e 1960

Composto majoritariamente de idosos, este grupo, embora não seja o que mais acessa a tecnologia, é marcado por movimentos de contracultura e revoluções. São mais conservadores em seus hábitos de consumo, valorizam a estabilidade financeira e preferem trabalhos fixos e duradouros

  • O maior aumento registrado, 42%, foi das transmissões de TV, mas levando-se em conta conteúdos de TV de banda larga. 
  • As TVs online tiveram aumento de 21%. 
  • Embora se tenha notado um aumento do podcast, ele ainda ficou na lanterna para os baby boomers, com apenas 4%. 
  • O aumento da mídia impressa foi discreto, assim como nos outros grupos, isto é, 7%. 
  • E registraram também a maior porcentagem de entrevistados que não ampliaram a busca por conteúdo em nenhuma das mídias apresentadas. O número é de 24%. 

No site do Visual Capitalist, você encontra a pesquisa completa.  E, neste artigo da Meio e Mensagem, você terá mais informações relevantes. 

 

Bacana demais esses dados sobre como as gerações consomem informações, não é mesmo?  Sem dúvidas, no cenário pós-pandemia, teremos ainda mais transformações e possibilidades de conhecer como o comportamento de cada geração faz parte do planejamento de toda organização estratégica e dos atributos dos profissionais que estão construindo uma carreira de sucesso. 

E, se você gostou da leitura, acompanhe o blog da PUC Minas. Temos muitas novidades, temas relevantes e materiais gratuitos pra você. 

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