Carreira, Dicas

Na perspectiva dos empregadores e das lideranças das organizações, o profissional qualificado não é mais aquele que possui apenas grande conhecimento técnico e um currículo recheado de formação e experiência. Sim, isso continua sendo muito importante; no entanto, é preciso cuidar e desenvolver também o lado humano do profissional. Afinal, basta olharmos para nosso mercado atual para vermos a forte presença e a importância dos relacionamentos tanto com o cliente quanto dentro do ambiente de trabalho. 

É com base nesse contexto que entram em cena as soft skills, ou competências comportamentais, que vamos lhe explicar melhor do que se trata, mostrar quais são as preferidas das empresas, como aprender as que você ainda não tem e potencializar as que já fazem parte de sua identidade. Acompanhe! 

Entenda o que são soft skills

As soft skills abrangem as características e o modo como as pessoas se comportam, se relacionam com os outros, entendem o mundo e reagem a situações e emoções diversas. São competências não técnicas e intangíveis, atreladas à identidade e ao temperamento de um indivíduo. Algumas delas são naturais da personalidade e fazem parte do jeito da pessoa. E as que não possuem, podem seguramente ser aprendidas. 

E as hard skills?

Já as hard skills são aquelas competências funcionais, de caráter técnico, que têm como base o conhecimento da sua área e de determinado conteúdo. São elas que permitem a execução do seu trabalho. Temos como exemplo: a formação acadêmica, o domínio de idiomas e as pesquisas, dentre outras. 

Conheça as soft skills que o mercado exige atualmente 

Cada vez mais valorizadas no contexto corporativo, as soft skills estão sempre no radar das organizações. E não apenas na busca por colaboradores qualificados, mas também na contratação de fornecedores e na formação de parcerias. 

Há uma extensa lista de soft skills, que, conforme as exigências, podem se ajustar. Trouxemos a seguir as mais procuradas e coerentes com os diversos mercados. Portanto, de olho nelas! 

Adaptabilidade e flexibilidade

A capacidade de adaptação é uma das competências comportamentais mais importantes para quem vai lidar com mudanças, imprevistos e urgências. E ainda, para todos os profissionais, visto que estamos inseridos em um mercado dinâmico, que se transforma e se inova a todo o tempo. 

Essa habilidade de reagir bem às mudanças e rapidamente voltar ao ritmo de produção é indispensável para lidar com situações adversas, como vimos no enfrentamento à pandemia. As empresas e os profissionais que entenderam as novas condições, que flexibilizaram suas rotinas e que logo se reorganizaram foram menos atingidos pelos efeitos colaterais das medidas de combate à contaminação. 

Inteligência emocional

O mundo do trabalho envolve técnica, conhecimento, relações, expectativas, problemas, gargalos, metas, resultados e muitos outros aspectos. Para se sair bem, principalmente em cenários e momentos desafiadores, a inteligência emocional é como uma bússola, porque é ela que nos permite reconhecer e entender as emoções, para assim administrá-las da melhor maneira possível. 

Podemos até mesmo considerá-la como a base para as competências socioemocionais e para outras habilidades de comportamento, como a flexibilidade, a resiliência, a capacidade de trabalhar sob pressão e outras. 

Comunicação

Fundamental para todos os relacionamentos, dentre eles os profissionais, a comunicação foi considerada em 2021 a competência comportamental mais procurada e valorizada pelas empresas. Estamos na era da experiência, da gestão horizontal e dos relacionamentos mais fluidos, no campo do consumo e do trabalho.

Saber se expressar pela oratória e pela escrita e também ser capaz de ouvir verdadeiramente o outro contribui para as relações interpessoais, auxilia nas negociações e no despertar de novas soft skills relacionadas, como a empatia, o pensamento estratégico e a resolução de problemas complexos. 

Proatividade

Essa é uma habilidade que pode alavancar sua carreira, seja como colaborador, seja como empreendedor. A pessoa proativa tem um olhar de futuro, já que ela antevê situações e dessa maneira consegue propor soluções estratégicas e inovadoras. 

Outro traço muito valorizado pelas organizações é o interesse genuíno por encontrar novos e melhores caminhos e recursos para beneficiar as equipes, os negócios e as relações. Ademais, a proatividade também está relacionada à adaptabilidade, no sentido de lidar bem com mudanças. 

Trabalho em equipe

O senso de equipe transcende o “se dar bem com todo mundo”. Diz respeito à habilidade de produzir e gerar resultados em sintonia com os colegas, os líderes e os liderados. A base do trabalho em equipe é composta, dentre outros aspectos, de respeito, empatia, capacidade de escuta e principalmente de colaboração. 

Frases como “esse não é o meu trabalho” ou “sou pago apenas para esta atividade, o resto não é da minha conta” são o oposto do trabalho coletivo e do que as empresas buscam atualmente e continuarão buscando no mercado de trabalho do futuro. 

Criatividade

Parceira da inovação, a criatividade está relacionada ao pensar com liberdade, extrapolando os padrões e possibilitando explorar novos caminhos. Ser criativo não é exatamente ter um dom artístico, é ousar fazer diferente, é ter um olhar atento e ampliar o repertório, dialogando com universos variados e a partir disso descobrir e construir outras soluções. 

A criatividade tem papel relevante nas mais diversas profissões. Por exemplo: um dentista, diante de um novo caso, precisa ser criativo para entregar o melhor tratamento ao paciente. Um advogado criativo terá mais consistência em sua argumentação, como também um profissional de logística deverá ser criativo na hora de montar um plano a fim de otimizar a cadeia produtiva, e assim por diante. 

Autogestão

Uma das tendências do futuro do trabalho e que está no radar das empresas é a capacidade de autogestão. Fortemente conectada à autonomia e à gestão com hierarquia horizontal, trata-se de uma soft skill que, ao mesmo tempo em que possibilita trabalhar e tomar decisões com mais liberdade, aumenta a responsabilidade do colaborador dentro do processo produtivo. 

A autogestão ficou em evidência nos últimos dois anos, quando, em função das medidas de segurança contra a Covid-19, uma larga fatia das empresas adotou o home office como formato de trabalho. Em palavras simples, é ser capaz de executar suas atribuições sem a fiscalização e a cobrança de um chefe. Você está preparado para atuar dessa maneira?

Confira dicas para desenvolver as soft skills

Agora que você está por dentro do universo das soft skills e viu que vale a pena desenvolvê-las, é hora de conhecer os caminhos para aperfeiçoar as que você já possui, que fazem parte da sua personalidade, e para aprender as que você ainda não domina. Vamos lá!

Busque o autoconhecimento

O autoconhecimento vai ajudar você em muitas questões em sua vida, como na escolha profissional, nas relações pessoais e de trabalho, no entendimento de sua  personalidade.

No que se refere às soft skills, é por meio do autoconhecimento que você terá ciência de suas habilidades, de quais campos você domina, de competências que só precisam ser despertadas e daquelas que você precisa adquirir. Por isso, invista em ferramentas como testes de personalidade, testes de orientação profissional, leituras e, se possível, psicoterapia. 

Peça feedbacks 

A imagem que os outros criam de você é um bom parâmetro para avaliar a coerência entre o que você é e o que você demonstra ser e também para entender como as suas soft skills estão sendo percebidas.

Converse com pessoas de sua confiança nos mais diversos ambientes, como em casa, na faculdade, entre os amigos, no trabalho e outros. Avalie os pontos de vista e a opinião de cada um e use-os como um dos indicadores de sua competência comportamental. Pode ser que, com uma visão externa, seja mais fácil para você entender melhor suas habilidades e o que precisa aperfeiçoar. 

Participe de treinamentos e mentorias

Como dissemos, as soft skills podem ser aprendidas e adquiridas. Então, cursos, treinamentos, mentorias, workshops, palestras e demais eventos em que você possa aprender a respeito das habilidades comportamentais são ótimas alternativas. E são também boas oportunidades para conhecer novas pessoas, trocar experiências e fazer aquele networking de que toda carreira precisa. 

Parta para a prática

A melhor forma de aprender e treinar as soft skills é praticando. Por isso, você deve aproveitar todas as oportunidades para colocar suas competências para jogo. Na faculdade mesmo, no convívio com colegas e professores, você já pode começar a exercitá-las. E tem mais: estágios, trabalhos voluntários, trabalhos freelancers, tudo isso também contribui para a aquisição e o desenvolvimento das soft skills. Mais um motivo para você começar a praticar sua profissão o quanto antes. 

E aí, pronto para dar mais esse passo em seu desenvolvimento profissional? Pode ter certeza de que vale muito a pena se dedicar ao aprendizado e ao aprimoramento das soft skills. A revolução digital e as diversas reconfigurações sociais impactaram o mercado de trabalho e tendem a impactar ainda mais. O futuro já começou a ser traçado, e você é um dos agentes de transformação e construção desse novo mercado que vem aí, isto é, mais humanizado, disruptivo e veloz. 

É hora de se preparar! Portanto, confira o e-book Habilidades que o Profissional do Futuro Precisa Ter, mais uma ferramenta criada pela PUC Minas para lhe ajudar na construção da sua carreira de sucesso.

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