A PUC Minas é uma das instituições de Ensino Superior brasileiras mais reconhecidas no cenário internacional, e esse mérito é mais que merecido. Você já ouviu falar no Street Design Challenge? Pois é, nossa equipe de estudantes e professores vem arrasando na competição.
Vamos te contar mais sobre a participação da PUC Minas na edição de 2022, quando a Universidade concorreu com 19 instituições de 8 países e levou medalha de prata.
Para isso, o professor Diogo Carvalho, co-orientador dos alunos participantes e coordenador da pesquisa “Design e Fabricação Digital”, compartilhou com o Conexão PUC Minas como foi participar desse concurso, como a Universidade possibilitou o sucesso da equipe e o quanto os alunos e as alunas mandaram bem na competição e ainda tiveram aquele diferencial no desenvolvimento profissional.
Vem saber mais!
1) Como foi a experiência de acompanhar os alunos no concurso? E ficar entre os melhores do mundo, o que significa para você como professor?
Considerando a natureza interdisciplinar do desafio do concurso, o prof. Henrique Paprocki, coordenador do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas e eu, Diogo Carvalho, coordenador do grupo de pesquisa “Design e Fabricação Digital”, realizamos uma parceria de co-orientação e montamos uma equipe com estudantes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Ciências Biológicas.
O trabalho de orientação e acompanhamento exige — além da disposição e do conhecimento — sensibilidade e estratégia para criar condições para os estudantes se autogerenciarem da melhor forma possível.
Para nós, professores, é sempre um prazer participar de situações como essa. Não apenas pela possibilidade de teste de metodologias e abordagens concernentes a nossos interesses de investigação, mas também pelas oportunidades de configurar relações horizontais acadêmicas e profissionais com os estudantes.
O concurso “Street Design Challenge – Biophilic Edition” foi organizado pela UNESCO Creative Cities of Design em 2022. O concurso contou com 25 propostas, de 19 universidades e 8 países. Tudo aconteceu em formato de maratona de 48 horas de projeto, cujo objetivo era fazer uma proposta de remodelamento de uma dada rua através de conceitos biofílicos de design.
Ter nosso trabalho classificado como 2º melhor nesta ocasião, tendo competido com excepcionais universidades e estudantes, é bastante gratificante. E é também indicativo do alto nível da PUC Minas, de seus corpos discente e docente, de sua infraestrutura e de seu mindset. Isso traz muita confiança sobre o trabalho que temos desenvolvido ao longo dos anos e corrobora nossa abordagem pedagógica.
2) Além das habilidades técnicas necessárias para o desenvolvimento do projeto, quais soft skills foram essenciais para os alunos?
A proposta, intitulada “EDIBLE MONTREAL: a biodiversity corridor at Avenue de l’Église” (Montreal comestível: um corredor de biodiversidade na Avenue de l’Église) pretendeu trabalhar o conceito geral de inclusão radical, em que uma visão ecológica da paisagem urbana implica modos de relação sistêmica e harmoniosa entre humanos e não humanos.
Um desafio importante para a equipe foi entender as idiossincrasias ecossistêmicas, socioculturais e urbanas de Montreal, no Canadá, exigindo capacidade de pesquisa sistêmica e estratégica simultaneamente, e sensibilidade para perceber realidades distintas do nosso contexto. Assim, a tradução de conceitos em propostas espaciais, considerando modos de vida para o contexto estrangeiro, exigiu um sofisticado trabalho colaborativo e criativo, além do alinhamento de discursos e conhecimentos interdisciplinares.
Particularmente, as alunas e os alunos tiveram que lidar com a pressão de realizar tarefas de análise, síntese, criação e apresentação em apenas 48 horas. O processo colaborativo foi efetivo no que tange a modos de comunicação verbal e não verbal; na gestão de pessoas e autopercepção de habilidades e competências; na flexibilidade dos estudantes em argumentar e negociar abordagens; e no foco em gerar a proposta mais interessante possível. Isso exigiu, por vezes, deixar uma ideia particular de lado e abraçar a ideia alheia.
Assim, a sinergia, o entusiasmo e a determinação da equipe tornaram possível a premiação de 2º colocado geral.
3) Quais contribuições a participação em um concurso desse porte traz para a formação dos estudantes?
No campo disciplinar da Arquitetura e do Urbanismo há uma cultura secular de concursos de projeto. É através de oportunidades como essas que ideias inovadoras podem se tornar visíveis e novas mentes e sensibilidades podem se apresentar ao mundo.
Para estudantes, trata-se de desafiar suas convicções, suas técnicas, suas sensibilidades e aptidões para buscar as ideias mais criativas, inovadoras e pertinentes a uma dada realidade e situação socioespacial. Poder trabalhar criativamente em equipe é sempre um aprendizado. Concursos são experiências memoráveis e transformadoras que, sem dúvida, influenciam sobremaneira o modo de cada pessoa se colocar frente à profissão e ao mundo.
4) Como foi o apoio da PUC Minas à participação do grupo no Street Design Challenge e quais diferenciais a instituição tem que contribuíram para o excelente desempenho dos estudantes?
O agenciamento da equipe e a criação de condições para o desenvolvimento do projeto para o Street Design Challenge ocorreu no contexto dessa parceria, tendo apoio direto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, especialmente na instância do Escritório de Integração do campus Coração Eucarístico e da unidade Praça da Liberdade; e do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas.
A infraestrutura de trabalho e de pesquisa — como laboratórios e bibliotecas — foi muito importante. Mas a disposição para a inovação e o espírito colaborativo, inerentes à PUC Minas, influenciaram o êxito da equipe.
Outro diferencial determinante foi a presença de docentes com muita experiência em seus campos e com muita disposição e qualificação para investigação, experimentação e inovação. Isso promove processos de aprendizagem e trocas ricos e significativos.
5) Quais dicas você dá para quem está iniciando a graduação nas áreas envolvidas e deseja participar das próximas edições do evento?
É importante ter em mente que, ao iniciar um processo formativo em um dado campo disciplinar, estamos fomentando o desejo por conhecimento, o entendimento de sua capacidade transformadora da realidade e sua inerente condição de alteridade — fatores esses que devem movimentar todo o processo.
Então, tendo em vista os complexos cenários ecológicos, humanitários, culturais e econômicos que estamos enfrentando (e os que ainda vamos enfrentar), um trabalho como esse, bem como a organização de um concurso assim, é uma oportunidade de convidar a sociedade e a comunidade acadêmica à reflexão sobre nosso papel coletivo em cuidar do planeta e de nossa relação com ele.
Para quem se interessa em participar das próximas edições, para além da disposição e da capacidade técnica, é importante ter uma mentalidade e uma sensibilidade alinhadas com os caminhos que esta Universidade quer trilhar, formando profissionais preparados para lidar sistemicamente com um futuro que exige uma reconexão física, simbólica e espiritual com a natureza.
Muito bacana, não é mesmo? E para quem está naquela curiosidade de ver a proposta apresentada, confira o vídeo. E não podemos deixar de enaltecer as alunas e os alunos que fizeram parte das equipes que levaram, mais uma vez, o nome da PUC Minas para o mundo. Veja quem participou desse time de peso:
Edição 2022
- Zeinner de Paula, aluno de Ciências Biológicas.
- Silvia Ramos, Geórgia Côrtes, Emanuelle Ferreira, Mateus Pereira, Rodolfo Neiva, estudantes de Arquitetura e Urbanismo.
Edição 2023
- Ester Palhares, aluna de Ciências Biológicas.
- Raul Cirne, Geórgia Côrtes, Emanuelle Ferreira, Mateus Pereira e Rodolfo Neiva, estudantes de Arquitetura e Urbanismo.
A construção de uma carreira ultrapassa a sala de aula e deve acontecer em sintonia com o mundo, com o mercado e com a sociedade. Na PUC Minas você encontra toda a excelência de um ensino que te prepara para isso e para todos os desafios. Venha ser filho da PUC.