Vida Acadêmica

Diversa e cheia de oportunidades: saiba mais sobre a Odontologia e o curso da PUC Minas com Fernanda Aroeira

A Odontologia é um campo da saúde amplo, diverso e repleto de possibilidades para quem deseja atuar na área. Fundamental para a saúde geral das pessoas, a “odonto”, como é chamada pelos estudantes, apresenta um mercado de trabalho competitivo e dinâmico, com destaque para os profissionais que são de fato qualificados. 

Para você que vai fazer essa graduação ou está no início do curso, nada melhor do que conhecer as experiências de quem já caminhou nessa etapa e está construindo sua carreira, não é mesmo? Convidamos a ortodontista Fernanda Aroeira para dividir conosco sua história e perspectivas sobre a Odontologia. Fernanda é especialista e mestre em Ortodontia e graduada em Odontologia, tudo isso pela PUC Minas. 

Ela — que já tem 14 anos de formada, aproveitou bastante o curso, se encantou pela estrutura da PUC Minas e da Clínica Odontológica e foi aluna de seu pai na especialização e no mestrado — tem muito a nos contar. Confira agora a entrevista na íntegra. 

Por que você escolheu a PUC Minas?

A PUC Minas, para mim, sempre foi uma referência de excelência. Principalmente na época, as melhores faculdades de Odontologia de Minas Gerais, entre todas que eu conhecia, eram a Universidade Federal e a PUC Minas. Eram as maiores referências em Belo Horizonte na Odontologia. Eu lembro que, quando eu fui fazer ovestibular, eu conheci o campus da PUC e fiquei apaixonada por ele. Achei o espaço maravilhoso. Lembro que tinha a parte das clínicas, que era separada… Eu fiquei muito encantada com a estrutura do campus, além da referência que eu tinha como uma boa faculdade. 

E meu pai era professor na PUC. Meu pai foi um dos professores que participaram da fundação da especialização em Ortodontia da PUC Minas. Ele foi da quarta turma de Odontologia da PUC. Então, a PUC participava da minha história desde antes de eu pensar em ser dentista. Eu já tinha a PUC como uma grande referência, já que meu pai era estudante lá e posteriormente professor. Isso sempre ficou muito marcado para mim e foi também importante na minha decisão e no apoio da minha família. 

Como foram seus anos de faculdade?

Iniciamos a clínica no segundo período, então, durante todo o curso de graduação, tínhamos experiência na clínica. E a gente passava por toda a cadeia, limpávamos o material e colocávamos para esterilizar. Tinha a parte de radiologia, então a gente tirava radiografia e também as fotografias na sala escura. 

O aluno fazia todo o processo, tanto de documentar o paciente (a gente fotografava também) quanto de atuar, receber, fazer a anamnese. E isso profissionalmente permite que a gente tenha um olhar crítico quanto à documentação que recebemos — já que sabemos como se faz — e também permite atuar de forma mais ampla dentro do nosso próprio consultório, porque temos conhecimento amplo e experiência nessa atuação logo quando saímos da faculdade.

Eu lembro também que a gente não tinha isso de Google, nós não usávamos muito a internet para fazer pesquisa, e a biblioteca da PUC Minas era muito, muito completa. A gente sempre seguia para lá e chamava os colegas para estudar juntos. Hoje as pessoas estudam mais sozinhas, na internet. Eu lembro que era muito importante que a PUC tivesse uma biblioteca completa, aonde íamos para fazermos juntos os trabalhos. A gente compartilhava os livros… 

Isso ajuda muito na formação e, depois que a gente forma, percebemos essas interações entre os alunos, entre as pessoas do curso, até de outras matérias, né? O famoso networking — palavra que a gente não usava muito na minha época. Mas, hoje em dia, a gente sabe como isso é tão importante quanto a sua formação técnica: criar boas relações com as pessoas, aprender a trabalhar em equipe, aprender a liderar projetos. A PUC foi muito essencial para poder desenvolver todas essas capacidades. 

Além do conhecimento, o que mais a PUC lhe trouxe?

Ativamente eu tive uma relação por muito tempo com o curso e com os alunos do curso. Eu era presidente da associação de ex-alunos da especialização e do mestrado em Ortodontia. Através dessa associação, a gente fazia cursos, apoiava os alunos que estavam exercendo, os alunos que iam apresentar cursos fora… 

É muito importante, além de aproveitar tudo que a universidade tem para você desenvolver tecnicamente — os conhecimentos, os estudos, a parte científica —, valorizar também as relações que você cria ali dentro, porque você vai levá-las para a vida toda. Tanto o networking, o relacionamento profissional, quanto o pessoal também. As minhas amigas e meus melhores amigos, eu fiz durante os cursos de graduação, especialização e mestrado, levo-os comigo até hoje. 

Hoje, atuando como profissional, você acredita que ser filha da PUC te ajudou a abrir portas e conquistar oportunidades de trabalho? 

Ter sido filha da PUC realmente foi um diferencial. O curso de Ortodontia da PUC, mestrado e especialização, é referência no Brasil como um dos melhores do país. A gente tem uma estrutura muito diferenciada, um ensino também diferenciado, os professores são de ponta e prezam muito pela excelência. Então é tudo baseado em evidência científica, a parte técnica é extremamente aprimorada, tanto na graduação quanto no mestrado. 

Isso era algo que eu vi muita diferença, porque, quando a gente estava dentro da faculdade, tínhamos muita, muita, clínica. A gente passava o dia quase todo na universidade e tínhamos muitas aulas práticas, e muitos pacientes. E essa vivência com paciente, de tratar, de cuidar, de aprimorar a técnica atuando nas clínicas, realmente foi um grande diferencial quando eu saí da universidade. Eu via que eu tinha muita diferença de técnica e conhecimento em relação a pessoas que se formaram em outros lugares, que talvez não tiveram a mesma oportunidade que eu, de exercer a técnica ao lado dos professores, dentro da clínica e de forma contínua durante todo o ensino.

Como está sua carreira atualmente? O que faz hoje, se está realizada, planos etc.

Depois que eu me formei na graduação em Odontologia, eu segui na PUC Minas, fazendo aperfeiçoamento em Ortodontia e depois o mestrado e especialização em Ortodontia também. Atualmente eu tenho um consultório, tenho uma clínica onde atendo pacientes particulares, eu já tenho 14 anos de formada e eu não atendo mais convênios. Eu optei por seguir por uma linha de atendimento em consultório particular. 

Eu acho que cada pessoa precisa definir o público que quer atender, existe espaço no mercado para todo mundo que está exercendo uma boa Odontologia, com respeito ao paciente, respeito à técnica, com conhecimento, baseado em evidência. Sempre vai haver espaço para o profissional que se dedicou à sua formação com seriedade e que trata o paciente com a mesma seriedade. 

Hoje, além de atuar como ortodontista em minha clínica particular, desenvolvi recentemente um projeto de saúde e qualidade de vida direcionado a uma comunidade de mulheres empreendedoras. 

Quais dicas você pode dar para quem deseja seguir carreira na área de Odontologia?

Aproveitar ao máximo o seu tempo de graduação. A Odontologia é muito, muito rica, muita ampla. Ela trata a saúde e trata a função, e também a estética do paciente. Às vezes, ela é desvalorizada por pessoas que não dão valor ao impacto de uma boa Odontologia, do quanto você olhar para a saúde bucal com a importância devida é necessário para o desenvolvimento da saúde geral do indivíduo. 

Para quem está querendo seguir carreira na Odontologia, é extremamente importante acreditar sempre na relevância dela na saúde geral e aproveitar essa época de graduação para fazer o máximo de perguntas, explorar, aproveitar todas as oportunidades que você tem de aprender dentro da universidade e levar esse conhecimento para sempre. É importante também criar um relacionamento com seus colegas, com seus professores, para que você tenha sempre ali essa referência que você construiu durante a formação na sua carreira . 

Ao longo da carreira, quando a gente já está trabalhando, já está atuando, a gente percebe o quanto levamos para a vida inteira as relações que fizemos na universidade. É um professor que pode te ajudar a escrever um artigo ou a fazer uma especialização, uma pós-graduação, uma carta de recomendação… É o professor que pode te ajudar com uma dúvida a respeito de um paciente. 

Um colega que resolveu fazer uma especialização diferente da sua, mas com quem você tem uma afinidade, com quem você compartilha a mesma linha de trabalho, vai ser seu parceiro a vida inteira. É preciso ter relacionamento com todos os colegas, de todos os anos, com os calouros, com os veteranos. O aprendizado não está somente na parte técnica e do estudo, que é extremamente importante, e é fundamental se dedicar a isso, sim. Mas a convivência com as pessoas e com os colegas que estão ali desenvolvendo a mesma formação que você, e manter esses relacionamentos é também muito importante para a carreira.

Então, ficam aí minhas dicas, dedicar-se muito aos estudos, levar a Odontologia com seriedade sempre, acreditando na importância de exercer uma Odontologia de respeito, uma Odontologia séria, baseada em evidência, e levar os relacionamentos que você criou na universidade para toda a sua carreira. E isso vai te trazer sempre uma alegria, porque a Odontologia é maravilhosa, ela é ampla e tem espaço para todo mundo que quer praticar uma boa Odontologia, uma Odontologia séria.

Bacana demais conhecer a história dela, não é? Que tal saber mais sobre o curso de Odontologia da PUC Minas e tudo o que ele tem para oferecer? Fique por dentro de tudo no Mundo PUC Minas.

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