Dicas

Você já parou para pensar que, a todo instante, estamos nos relacionando com alguém? E que, em todas as naturezas de relacionamento, a comunicação é a via essencial, é ela que torna possível a conexão entre as pessoas? Sendo assim, e considerando que esta é uma das habilidades mais requisitadas no mercado de trabalho (e continuará a ser), você precisa aprender a usar bem sua capacidade de se comunicar. 

Entre as diversas formas de fazer isso com estratégia e efetividade, está a chamada comunicação não violenta (CNV), que já há algum tempo tem feito parte das discussões e demandas do mercado. É sobre ela que vamos falar hoje, e te convidamos a aprender o que é o conceito e por que ele vai te ajudar bastante na sua construção de carreira. Confira!

Entenda o que é comunicação não violenta

Embora o termo tenha se popularizado mais nos últimos 10 anos, seu surgimento se deu na década de 1960. O famoso psicólogo Marshall Rosenberg, grande estudioso e pesquisador da Psicologia, foi quem criou a metodologia, que está detalhadamente descrita em seu livro: “Comunicação Não Violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”. Recomendamos a leitura da obra para aprofundar mais na CNV. 

Voltando ao conceito, a metodologia se baseia na fala e na escuta atravessadas pela empatia, pelo respeito, pela clareza e pela honestidade. E claro, tudo de forma consciente, ou seja, ao se comunicar de forma não violenta, você também está usando a comunicação assertiva, entendendo exatamente o que quer expressar e escutando ativamente seu interlocutor. 

Para isso, Rosenberg definiu quatro componentes, conhecidos também como fases ou elementos, que sustentam o processo comunicativo não violento. No tópico abaixo vamos explicá-los. 

Elementos da comunicação não violenta 

Os quatro componentes fundamentais da comunicação não violenta auxiliam na estruturação da nossa linguagem. Veja quais são eles: 

Observação 

Tudo começa com a observação, que é aquele primeiro contato com a situação. É a fase em que você vai decodificar o problema e entender o que é o fato ali naquele momento. Tudo isso da maneira mais imparcial possível. Isto é, trata-se de uma descrição e não de um julgamento ou emissão de opiniões. 

Sentimento

A proposta desse elemento é compreender como você realmente se sente em determinado acontecimento, pois é a partir daí que você terá clareza do que realmente precisa e de como buscar a solução. 

O mesmo vale para quando outra pessoa estiver conversando com você de maneira violenta. Tente entender como ela se sente, para assim encontrar a melhor forma de lidar. 

Necessidade

Após identificar os sentimentos envolvidos nesse processo comunicativo, é hora de entender o que você ou seu interlocutor busca ao se expressar. Atrás da linguagem violenta, sempre há uma necessidade a ser atendida. Ter isso em mente é mais um passo rumo à resolução. 

Pedido

Este elemento é o que mais se encontra com a comunicação assertiva e é aqui que se caminha para resolver o problema em questão. Como assim? Após descobrir a necessidade, é preciso expressá-la ao outro, de modo que ele também entenda com nitidez o que você precisa ou o que está propondo. 

Exemplos de comunicação alienante

Tão importante quanto conhecer a comunicação não violenta é saber o que é seu oposto, a comunicação alienante ou mesmo comunicação violenta. Neste caso, estamos contemplando todo o processo comunicativo e não apenas as palavras usadas, certo? Então, vamos aos exemplos: 

  • Transferência de culpa para o outro; 
  • Linguagem desrespeitosa;
  • Julgamentos e rotulações. 
  • Comparação entre as pessoas. 

Veja por que usar a comunicação não violenta em sua jornada profissional

Certamente já estão pipocando ideias sobre os benefícios de usar a CNV, não é mesmo? Selecionamos alguns entre os mais relevantes, para lhe mostrar como é importante se comunicar de forma não violenta. Veja agora. 

  • Melhora sua apresentação e fortalece sua marca pessoal;
  • Permite que as pessoas se expressem de maneira mais fluida; 
  • Aumenta a habilidade de escuta, o que resulta em maior capacidade de atender às demandas de seus públicos (clientes, líderes, parceiros e outros);
  • Torna você um profissional de destaque em processos seletivos para trainee, estágios e emprego;
  • Desenvolve sua habilidade de dar e receber feedbacks;
  • Colabora para um ambiente de trabalho saudável e participativo;
  • Amplia sua habilidade de convivência e trabalho em equipe.  

Saiba como colocar a comunicação não violenta em prática 

Visto tudo o que foi explicado, agora é hora de aprender a usar a CNV no seu dia a dia, seja nos relacionamentos de trabalho, seja nos da vida pessoal. De fato, é preciso bastante treino para dominar a comunicação não violenta, mas com tempo e dedicação, você vai praticá-la espontaneamente. 

A seguir, você encontra dicas simples e práticas para desenvolver essa competência cada vez mais importante no mercado de trabalho

  • Pesquise mais sobre o assunto. Além da obra de referência que citamos no início, leia reportagens, ouça podcasts, acompanhe canais de profissionais em comunicação. 
  • Comece olhando para si próprio e entendendo seu perfil comunicativo, a forma como você se expressa, como anda sua escuta. Isso porque a CNV parte de você primeiro, lembra-se?
  • Em situações tensas ou de possíveis conflitos, sempre que possível, não responda de imediato. Primeiro reflita com base nos quatro momentos da comunicação não violenta, para então elaborar sua resposta.
  • Tenha honestidade para falar e empatia para escutar. 

Podemos, por fim, entender a comunicação não violenta como uma forma humanizada de falar e de ouvir e, consequentemente, de criar laços e relacionamentos. Essa lógica vai exatamente ao encontro dos novos padrões das relações do mercado atual e do que se espera do mercado de trabalho do futuro. Cada vez mais, a humanização está presente nos fluxos de trabalho, nas relações de consumo, nos acordos entre nações e nos mais diversos contatos, em todas as atividades econômicas. 

Diante disso, a capacidade de se comunicar torna-se um diferencial competitivo para os profissionais. E a boa notícia é que, desde o início do seu curso, a PUC Minas oferece todo o suporte e infraestrutura para você desenvolver esta e outras soft skills. Portanto, conte com a universidade que prepara os alunos para o mercado e para a vida. Venha para a PUC Minas!

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