Dicas

A busca por um atendimento mais humanizado e eficaz na área da saúde exige, cada vez mais, compreensão das particularidades de cada indivíduo. Nos últimos anos, os diagnósticos relacionados à neurodivergência — como transtorno do espectro autista (TEA), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia, entre outros — cresceram significativamente. 

Essa realidade exige que profissionais da saúde estejam preparados para oferecer cuidado integral, o que só é possível com o trabalho conjunto de diferentes áreas do conhecimento.

As equipes multidisciplinares desempenham um papel fundamental, garantindo que o paciente seja acompanhado de maneira ampla, respeitando sua singularidade e promovendo qualidade de vida. A PUC Minas, por meio do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), vem se destacando na formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios contemporâneos da saúde e da neurodiversidade.

Mas, afinal, o que são pacientes neurodivergentes? Por que o cuidado com essas pessoas exige uma equipe multidisciplinar? E como a formação da PUC Minas prepara os profissionais para esse cenário? É o que você vai entender agora.

O que são pacientes neurodivergentes e quais seus principais desafios no atendimento?

A palavra “neurodivergente” é utilizada para descrever pessoas cujos funcionamentos neurológicos se diferenciam do que se convencionou chamar de “neurotípico”. Esse termo passou a ser mais amplamente usado a partir dos anos 1990, especialmente por movimentos que buscavam combater o estigma associado a transtornos do neurodesenvolvimento, como o autismo.

Hoje, considera-se neurodivergente qualquer pessoa que tenha:

  • Transtorno do espectro autista (TEA);
  • Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
  • Dislexia;
  • Discalculia;
  • Transtornos do processamento sensorial;
  • Transtornos de linguagem, entre outras condições.

Esses indivíduos enfrentam desafios diversos no acesso à saúde, como:

  • Barreiras na comunicação verbal e não verbal;
  • Dificuldade de adaptação a ambientes hospitalares ou clínicos;
  • Processos de avaliação diagnóstica muitas vezes longos e fragmentados;
  • Estigma e preconceito que afetam o acolhimento e o vínculo com os profissionais de saúde.

Por isso, o atendimento a pessoas neurodivergentes não pode se limitar à atuação de um único profissional. É necessário compreender o sujeito de forma integral, o que requer o olhar e a atuação coordenada de diferentes áreas.

A importância de uma equipe multidisciplinar no cuidado com pacientes neurodivergentes

O conceito de equipe multidisciplinar envolve a colaboração de profissionais de diferentes formações acadêmicas e experiências práticas, atuando em conjunto em prol de um objetivo comum: o bem-estar do paciente. No caso das pessoas neurodivergentes, esse trabalho conjunto é indispensável para garantir um diagnóstico preciso e um plano de cuidado que contemple todos os aspectos da vida do indivíduo.

De acordo com a organização Autismo e Realidade, a equipe multidisciplinar é essencial não apenas no momento do diagnóstico, mas em todas as etapas do acompanhamento clínico, educacional e terapêutico. Cada profissional contribui com sua especialidade para compor um quadro completo das necessidades e potencialidades do paciente.

Entre os principais benefícios dessa abordagem, estão:

  • Diagnósticos mais precisos e integrados;
  • Planos de tratamento individualizados e coerentes com a realidade do paciente;
  • Melhor acompanhamento da evolução clínica;
  • Apoio às famílias na construção de rotinas e estratégias de cuidado;
  • Maior eficácia terapêutica em longo prazo.

A integração entre saúde e educação também é uma peça-chave. A presença de pedagogos e educadores especializados em contextos clínicos, por exemplo, tem sido cada vez mais comum, especialmente quando se trata de crianças em idade escolar com transtornos do neurodesenvolvimento.

Quais profissionais compõem uma equipe multidisciplinar na saúde?

A composição de uma equipe multidisciplinar pode variar de acordo com o caso e a complexidade do diagnóstico. No atendimento a pessoas neurodivergentes, alguns profissionais costumam estar presentes com frequência. Veja os principais:

  • Médico(a) neurologista ou psiquiatra: realiza o diagnóstico clínico, prescreve medicações e conduz o acompanhamento médico.
  • Psicólogo(a): atua no acompanhamento emocional, nos processos de regulação comportamental e no suporte à família.
  • Fonoaudiólogo(a): trabalha as habilidades de linguagem, comunicação e alimentação, que podem ser impactadas em muitos casos de neurodivergência.
  • Terapeuta ocupacional: ajuda na construção de rotinas, na autonomia e no desenvolvimento motor fino e sensorial.
  • Fisioterapeuta: pode atuar em casos de comorbidades motoras ou sensoriais, contribuindo para o desenvolvimento físico.
  • Pedagogo(a) ou especialista em educação inclusiva: essencial para a integração do paciente no ambiente escolar, adaptando metodologias e recursos.
  • Nutricionista: em alguns casos, especialmente nos diagnósticos com seletividade alimentar, esse acompanhamento se torna necessário.

Além desses, outros profissionais podem ser acionados conforme as demandas do paciente, como assistentes sociais, enfermeiros e profissionais de Educação Física.

O papel da educação na formação de profissionais qualificados

A atuação em equipe exige uma formação que vá além da técnica. É preciso desenvolver habilidades como escuta ativa, empatia, comunicação interpessoal e visão sistêmica do paciente. É justamente esse tipo de formação que o Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da PUC Minas se propõe a oferecer.

Presente em diferentes campi da universidade, o ICBS reúne cursos de graduação e pós-graduação na área da Saúde, com foco na formação humanista, interdisciplinar e crítica

Com isso, o instituto contribui de forma significativa para preparar profissionais conscientes da importância do trabalho em rede e do cuidado integral com o paciente — especialmente em contextos complexos como o da neurodivergência.

Cursos voltados para a área da Saúde e neurodiversidade

A PUC Minas oferece uma série de cursos que formam e qualificam profissionais para atuar em equipes multidisciplinares voltadas ao atendimento de pessoas neurodivergentes. Confira algumas das principais opções:

Graduação

Pós-graduação e especialização

Por que investir na formação para atuar com pacientes neurodivergentes?

Mais do que uma tendência, o trabalho com pessoas neurodivergentes é uma demanda crescente na saúde pública e privada. Com o aumento nos diagnósticos e a valorização de práticas inclusivas, há uma necessidade urgente de profissionais preparados para esse cenário.

Além disso, o trabalho em equipe multidisciplinar promove:

  • Maior eficácia clínica e terapêutica;
  • Valorização profissional no mercado de trabalho;
  • Experiências mais enriquecedoras e humanas no cuidado com o outro.

Se você quer atuar com propósito, integrar diferentes saberes e contribuir para uma saúde mais inclusiva, a PUC Minas pode ser o seu ponto de partida.

Seu caminho para uma atuação transformadora começa aqui. Descubra os cursos do ICBS e prepare-se para cuidar com mais empatia e propósito   nas oportunidades da atuação em equipes multidisciplinares.


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