Há um bom tempo já se sabe que estudar (de verdade) um assunto significa muito mais que ouvir ou ler um conteúdo repetidas vezes. E sabemos também que mais vale aplicar técnicas de estudo do que passar horas e horas estudando sem foco ou objetivo definido. Então que tal aprender a tornar sua rotina de aprendizado mais produtiva, organizada e eficaz?
A vida de estudante do Ensino Superior é corrida mesmo, mas, com as técnicas de estudo que vamos apresentar a você, será possível otimizar seu tempo e potencializar sua capacidade de aprender. Topa conhecê-las? Continue esta leitura!
Método Pomodoro: gerenciando o tempo de estudo
O Pomodoro é uma das técnicas de estudo e produtividade mais famosas e simples de aplicar. Ele trabalha com a separação do tempo em período produtivo e período de recompensa. Assim, garante atenção plena, ou pelo menos uma concentração muito maior, e descanso proporcional ao tempo aplicado em cada tarefa.
Inspirada por um timer de cozinha em formato de tomate, a técnica consiste em um ciclo de 25 minutos de trabalho contínuo e 5 minutos de pausa. Esse ciclo deve ser repetido conforme for necessário para a conclusão de uma tarefa. E ela pode ser aplicada tanto para estudo quanto para trabalho.
O recomendado é que, durante o intervalo, você faça algo totalmente diferente da atividade anterior. Por exemplo, se você está realizando uma bateria de estudos de Matemática, deixe para ler mensagens de texto nos seus 5 minutos. Se estiver fazendo uma leitura densa, no seu descanso, faça um alongamento. Isso funciona como um “reiniciar” para o cérebro.
- Para aprender mais: Método Pomodoro de estudo: saiba como essa técnica ajuda estudantes a criar rotina de estudos
Técnica Feynman: simplificando conceitos complexos
Não existe conteúdo impossível de aprender para quem conhece a Técnica Feynman.
E nem é exagero da nossa parte. Estruturada em apenas 4 passos, a tônica dessa técnica de estudo é simplificar uma explicação até que ela possa ser entendida por uma criança.
Os passos são:
- Reunião de informações sobre determinado tema. Aqui, você vai ler, pesquisar, conhecer o conceito.
- Feito isso, é a hora de decodificar a informação e é aqui que sua criança (imaginária ou não) entra em cena. Você vai precisar se desdobrar para tornar simples aquele raciocínio.
- Na hora em que você estiver explicando para o pequeno, será mais fácil identificar os pontos de atenção, aqueles que você não entendeu bem, que passaram batido, enfim, é neste ponto que as dúvidas surgem. E é também aqui que você vai correr atrás das respostas.
- Agora, você já tem uma boa base de informações e vai trabalhar para simplificá-la. Revise, ajuste o que for possível e teste uma nova explicação para a criança.
Bacana, não é? No artigo publicado no Conexão PUC Minas, aprofundamos na explicação do conceito e apresentamos um passo a passo para esta técnica de estudo. Vale a pena conferir.
- Para aprender mais: Técnica Feynman: aprenda qualquer assunto em 4 passos
Método Cornell: organização eficiente de notas
Se você perdeu o hábito de escrever, de tomar nota usando papel e caneta, temos um convite: volte duas casas e recorra ao bom e velho caderno e às simpáticas canetas coloridas. Sabe por quê?
Porque quando escrevemos uma ideia, sem nem perceber, estamos decodificando-a em nosso sistema cognitivo. É como se precisássemos explicar a nós mesmos o que acabamos de ler ou ouvir. Pode fazer no app do celular? Pode, mas a eficácia é reduzida.
E como aplicar? Primeiramente, você vai desenhar um diagrama com 4 espaços. Cada um deles será direcionado a uma informação. Basicamente, você terá:
- um cabeçalho com o assunto tratado;
- um local para as informações coletadas;
- um campo para possíveis dúvidas e questionamentos-chave;
- um espaço para anotações relacionadas ao tema, porém não centrais.
Na hora de estudar, você terá mais facilidade para localizar os temas, rememorar e absorver o conteúdo. Essa técnica de estudo é simples e muito efetiva.
- Para aprender mais: Método Cornell: como ele pode ajudar nas suas anotações
Mapas mentais: visualizando o aprendizado
Os mapas mentais são ótimas ferramentas de assimilação e são ouro para você que tem um perfil mais visual, porque eles permitem a materialização do raciocínio. Desenvolvido a partir da observação e da análise do psicólogo Tony Buzan, essa técnica de estudo impulsiona o cérebro em suas capacidades de associação, decodificação, criatividade e memória.
Funciona da seguinte forma: em uma plataforma (papel, tela do computador, app…) você vai criar o diagrama, escrevendo a ideia central a ser estudada e, a partir dela, vai “puxar” braços com os subtemas. Para tal, use palavras-chave e faça um cabeçalho a fim de inserir informações mais completas, legendas e informações.
No artigo a seguir, explicamos detalhadamente as vantagens da metodologia e montamos um passo a passo para orientar a construção dos seus mapas mentais.
- Para aprender mais: Saiba o que é mapa mental e como utilizá-lo para estudar
Concentração nos estudos: superando distrações
Você sabe e nós também a quantidade enorme de distrações que estão presentes em nosso dia a dia — das mensagens do WhatsApp aos shorts do YouTube, passando por outras responsabilidades e preocupações —, não é mesmo? E ainda tem o ambiente onde você está, que certamente vai oferecer distrações. Por isso, este tópico complementa as técnicas de estudo que mostramos anteriormente.
Diante disso, e do fato de que essa realidade não vai mudar (pelo menos não totalmente), você precisa contornar esses obstáculos, para conseguir se concentrar e manter a atenção no seu momento de estudar.
A preparação para ter foco começa bem antes, com uma boa noite de sono, pausas para descanso, técnicas como meditação e exercício físico para equilibrar corpo e mente, entre outras atividades. O importante é você ter constância, trabalhar para ampliar sua concentração e treinar seu cérebro.
- Para aprender mais: Como se concentrar nos estudos e otimizar sua rotina
A fonte para essas técnicas de estudo não foram as vozes da cabeça de seus criadores. Todas elas foram desenvolvidas, testadas e baseadas na neurociência, ou seja, levaram em conta o funcionamento do cérebro humano. Inclusive, nesta matéria da BBC News Brasil, a jornalista Paula Adamo conversou com Bárbara Oakley, coautora do livro “Aprendendo a Aprender”, sobre técnicas de estudo indicadas por cientistas.
E aí, se animou a levar essas técnicas de estudo para seu dia a dia? Temos certeza de que em pouco tempo você perceberá a diferença e os benefícios de aplicá-las. Quer mais dicas para sua vida acadêmica e para a construção da sua carreira? Fique de olho nos conteúdos do Conexão PUC Minas.